09 fevereiro 2011

sol po(t)ente

(Foto: Mateus Lima)


vem,
pôr-do-sol,
no meu peito,
que eu sou
céu, amor!

vem
por um sol
no meu peito
que eu sou
seu amor!



(Mateus Lima - fev/2011)
.

2 comentários:

  1. muito bom mateus... é bom quando a gente vê que poucas letras trocadas nos levam a muitos lugares distintos, não é? gosto dessa descoberta, de destrinchar palavras e sons de palavras... isso faz do poema algo único ao idioma... intraduzível; como uma pesquisa da língua pela língua.

    interessante que meu blog é gêmeo estético do seu: encurtação-(di)minuto. sempre pensei que poema tem que deixar saudade, não pode ser longo. talvez sinal dos nossos tempos imediatizados - embora, pensando bem, os haiku haponeses já são assim desde que poema é poema... sem falar em leminsky e cia.

    abraço poeta!

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  2. =)

    obrigado!!
    tão bom receber elogios assim.
    interessante o que vc falou, pq é o caminho que eu tenho buscado, essas experimentações diminutas, brincando de recombinar as letras, as palavras, mexendo com a sonoridade, mas tentando fazer com que contem uma história, ou tentando dar a oportunidade pra que a cabeça do leitor o faça.
    já tentaram comparar o que eu faço com o formato de haikai, mas existe uma regra mais rígida nesses casos.. e eu vejo muitas vezes eles desprezando a sonoridade nos versos, então aprecio com certa limitação.
    já o leminsky sim, é muito digno de ser admirado
    =)

    seja bem-vindo por aqui!

    abraço!

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