28 abril 2010

Alienado

(Imagem: Édouard Manet - Suicídio, 1877)


Assim assado, sem pensar fico alienado.
Há sonhos encubados, futuros presos ao passado.
Se neles estou grudado, do mundo estou desligado.
Por ter acreditado, que o ideal era viver assim e assado,
me sinto acabado e tudo perdeu o significado
que lhe foi dado, e fico agora preocupado...
Preciso estar animado, pra retomar meu estado.
E se não houver resultado, vou-me acabar no destilado.
Deixo tudo de lado, pois não quero ficar entediado.
E desde já encerrado, chego ao fim que me é dado.
Se estou armado, em seguida me torno calado.



(Cristiano Oliveira e Mateus Lima - fev/2010)
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